Em: 06/07/2009
Formação Original: Jim Morrison (voz) | Robbie Krieger (guitarra) John Densmore (bateria) | Ray Mansarek (teclado)
The Doors, grupo americano fundado na cidade de Los Angeles (EUA) no ano de 1965, a partir de um encontro de estudantes de cinema da Universidade da Califórnia (UCLA). Nessa ocasião, Jim Morrison recitou alguns de seus poemas para Ray Manzarek (entre os quais, a letra de “Moonlight Drive”). A partir de então os dois jovens decidiram criar uma banda (The Doors). O nome foi sugerido por Jim Morrison, tendo sido retirado do livro The Doors of Perception (As Portas da Percepção) do escritor inglês Aldous Huxle.
A magia da banda e das canções sempre esteve muito presente na figura de Morrison. O cara era um poeta, bom cantor, contava com um carisma inigualável, com uma sexualidade aflorada, andava quase sempre chapado e bêbado. Suas letras traziam a psicodelia dos anos 60, as causas sociais, o amor livre e as drogas. A batida de Densmore, o teclado de Manzarek (que incrivelmente fazia as partes do baixo com a mão esquerda) e a guitarra de Krieger influenciada pela música espanhola, indiana, blues e guitarra clássica, completavam o maravilhoso som da banda.
Lançado em 1967, ano-símbolo do amor livre e do hippie Flower Power, The Doors (o álbum), traz em suas faixas algumas das canções mais importantes da banda, isso sem falar que o disco também apresenta alguns dos maiores sucessos da carreira (senão os três maiores): “Break On Through”, “Light My Fire” e “The End” além de outras grandes canções como “Take It As It Comes” (regravada pelos Ramones) e “Soul Kitchen”. “Break On Through” abre o disco de maneira magnífica. A batida jazzística da bateria de Densmore aliada à linha de baixo tocada pelo teclado de Manzarek dão o ritmo da música.
“Light My Fire” é o maior sucesso do Doors, não há quem não conheça ou quem não tenha ouvido pelo menos uma vez na vida.
“The End” foi escrita (reza a lenda) através das lembranças da infância de Morrison. Índios mortos na estrada (cena que ele havia visto quando criança em uma viagem com seus pais), e a polêmica passagem “Father... I want to kill you / Mother... I want to…” que, quando apresentada ao vivo, para complicar ainda mais, era seguida de um sonoro “fuck you”. O êxtase psicodélico da canção era embalado pelo som hipnótico dos teclados.
A curta carreira da banda (oito discos de estúdio, de 67 até 72) ainda apresentou muitas outras obras primas como os dois últimos discos gravados com a participação de Morrison: Morrison Hotel e L.A. Woman (de 70 e 71, respectivamente) influenciados pelo blues americano nas canções “When The Music’s Over”, “L.A. Woman” e “Love Me Two Times”, para destacar apenas algumas.
Em 1971, Jim Morrison foi encontrado morto numa banheira em Paris, sob circunstâncias misteriosas. Manzarek, Densmore e Krieger decidiram continuar com a banda e gravaram mais dois álbuns: Other Voices em 1971 e Full Circle em 1972. Ninguém deu muita bola pra eles, pois além de não contarem mais com aquele que representava a essência da banda (a magia do Doors havia acabado com o falecimento de Morrison), os dois discos são relativamente fracos em relação aos demais discos produzidos pela banda.
O filme The Doors (1991), dirigido por Oliver Stone, com Val Kilmer no papel de Jim Morrison, reativou e despertou a curiosidade daqueles que jamais haviam conhecido e/ou escutado o The Doors. O filme impulsionou a venda de discos (os discos voltaram a vender, e muitas coletâneas também foram lançadas apresentando as músicas àqueles que ainda não conheciam).
Os três remanescentes do grupo não gostaram do filme que, na maior parte do tempo, apresentou Morrison como um psicótico descontrolado. Em 2002, Manzarek e Krieger reativaram o Doors, com Ian Astbury (ex vocalista do The Cult) no lugar de Morrison, Ty Dennis (bateria) e o baixista Angelo Barbera, ambos da Robby Krieger Band.
Agora lhes pergunto: alguém precisa disso? Eu mesmo respondo, NÃO! Jamais teremos outro The Doors sem a presença de Jim Morrison, tampouco, alguém que consiga o substituir a altura…
![]() "Se minha poesia pretende atingir alguma coisa, é libertar as pessoas dos limites em que se encontram e que se sentem." Jim Morrison |
DISCOGRAFIA:
Recomendo: The Doors | Morrison Hotel | L.A. Woman
Não recomendo: Other Voices
![]() The Doors (1967) | ![]() Strange Days (1967) |
![]() Waiting For The Sun (1968) | ![]() The Soft Parade (1969) |
![]() Morrison Hotel (1970) | ![]() L.A.Woman (1971) |
![]() Other Voices (1971) | ![]() Full Circle (1972)
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2 comentários:
Droso,
Meu preferido é o Morrison Hotel. O melhor de todos.
Muito legais os textos, se deres sequencia a empreitada, terás um leitor assiduo.
Parabéns!
Lobisomem do Arvoredo
Tchê Lobi!
Definitivamente, Grande Presença!
Valeu meu velho - Abração
Pedroso
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