Pensamentos Pedroso®

Na última quarta-feira (18), o Internacional venceu o Chivas Guadalajara por 3 x 2 e conquistou pela segunda vez a Libertadores da América. A primeira vez fora em 2006. O clube chegou à final aos trancos e barrancos, perdendo jogos nas oitavas (Banfield), quartas (Estudiantes) e semifinais (São Paulo), mas sempre garantindo a classificação com resultados positivos (vitórias) no Beira-Rio.

O primeiro jogo da final, disputado no México, e vencido pelo Internacional (2 x 1), garantiu uma bela vantagem para o jogo da volta, no Beira-Rio, pois bastaria um simples empate para o Internacional sagrar-se campeão. O confronto teve inicio desde a execução dos hinos. Após o hino do México (tocaram apenas uma introdução), o meio-campo Bautista, do Chivas, resolveu desrespeitar o protocolo, e de forma provocativa partiu para um solitário aquecimento. O fato irritou profundamente a torcida e chamou a atenção dos jogadores colorados.

Iniciado o jogo, o que se viu foi um Chivas cometendo muitas faltas – levou quatro cartões amarelos contra nenhum do Internacional – e paradoxalmente procurando ganhar tempo, como se estivesse em vantagem. A estratégia da equipe mexicana parece ter anestesiado os gaúchos – time e torcida –, que realizaram um péssimo primeiro tempo, e ainda levaram um belo gol de Fabián, aos 42 minutos.

A segunda etapa iniciou após considerável atraso dos mexicanos, que apostavam firme em perturbar o adversário. O Internacional parecia ter voltado para os 45 minutos finais com ânimo e concentração renovados, além do acerto em relação a disposição tática da equipe, que não esteve nada bem na primeira etapa.

O gol de empate ainda demorou 16 minutos. O lateral Kléber (de excelente atuação), fez um cruzamento milimétrico da esquerda para Rafael Sobis, que se antecipou ao goleiro Michel para desviar para as redes.

A partir de então, o Internacional voltou a apresentar um bom futebol. Depois do empate, Giuliano entrou no lugar de Taison e Leandro Damião no de Rafael Sobis, o que ampliou o domínio colorado. Leandro Damião foi quem marcou o segundo gol do Inter, aos 30 minutos: o jogador (Damião) escapou pelo meio, passando pelo violento zagueiro Reynoso, com o velho drible da vaca, avançando cerca de 50 metros até bater forte para marcar o gol.

O Beira-Rio era uma festa quando Giuliano repetiu o que fez durante toda a Libertadores. Com categoria e calma de um jogador veterano, o excelente meia recebeu na entrada da área, passou como quis entre dois marcadores e deu um lindo toque por cobertura na saída de Michel. Mais um golaço do artilheiro do Internacional na competição.

Nos acréscimos, após cobrança de falta de Bautista, Omar Bravo aproveitou rebote (a bola havia batido no poste) chutando para o gol e descontando. O apito final de Oscar Ruiz, veio na sequência, sacramentando a conquista colorada.

Ainda houve cenas de pancadaria entre os jogadores das duas equipes, que logo terminaram e deram lugar à comemoração. O início da confusão teria girado em torno do zagueiro Reynoso, que teria agredido alguém (torcedor/jogador) do lado colorado.

Ao Internacional Bicampeão da América, que mesmo sem possuir uma equipe tão brilhante como a de outros momentos, conseguiu novamente a façanha de colorir a América de vermelho, de forma incontestável.

Fica aqui registrado os cumprimentos ao Bicampeão da América, e o imenso orgulho que tenho em ser Colorado!!!

Internacional 3 x 2 Chivas Guadalajara

Internacional: Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Sandro e Guiñazu; D'Alessandro, Tinga (Wilson Matias) e Taison (Giuliano); Rafael Sobis (Leandro Damião). Técnico: Celso Roth

Chivas Guadalajara: Michel; Magallón, Reynoso, De Luna e Ponce (Escalante); Báez (Vázquez) e Araujo; Fabián, Bautista e Arellano; Omar Bravo. Técnico: José Luis Real

Cartões amarelos

Internacional: Bolívar

Chivas Guadalajara: De Luna, Fabián, Bautista e Omar Bravo

Cartão vermelho

Chivas Guadalajara: Arellano

Gols: Internacional: Rafael Sobis, aos 16min, Leandro Damião, aos 30min, e Giuliano, aos 45min do 2º tempo / Chivas Guadalajara: Fabián, aos 42min do 1º tempo, e Omar Bravo, aos 47min do 2º tempo.