Tchau Nilmar, Adeus Brasileirão!?

Posted by Anônimo On 24 de jul. de 2009 1 comentários


BREVE HISTÓRICO
Fui pego completamente de surpresa às 17h dessa gelada sexta-feira em Porto Alegre! Surpresa? Pois é, nem tanto assim! A partir de hoje, Nilmar Honorato da Silva não é mais atleta do Departamento de Profissionais do Sport Club Internacional.

Nilmar, nasceu há vinte e cinco anos na cidade de Bandeirantes no estado do Paraná, mas foi nas categorias de base do Internacional onde iniciou a sua carreira no futebol. Em 2002|2003, com apenas dezessete anos, Nilmar recebeu a sua primeira chance na equipe profissional do Internacional, e de lá pra cá obteve muita fama, sucesso e dinheiro. Como nem tudo são flores, o jogador também enfrentou graves lesões.


APENAS O 4º CLUBE NA CURTA CARREIRA
Nilmar hoje é (era) considerado o melhor atacante em atividade no futebol brasileiro, mesmo com a pouca idade, o jogador já garantiu a sua independência financeira, possui algumas passagens pelas Seleções Brasileiras (categoria de base e principal), e atuou em apenas três clubes na sua curta carreira profissional.

Clubes Profissionais Onde Nilmar Atuou/Atuará
2002-2004 Bandeira do Brasil Internacional
2004-2005 Lyon
2005-2007 Bandeira do Brasil Corinthians
2007-2009 Bandeira do Brasil Internacional
2009- Villarreal


A EVOLUÇÃO DAS GESTÕES
Sou torcedor Colorado desde quando me conheço por gente (meu saudoso pai contribuiu diretamente para isso), fui, aliás fomos (eu e meu pai) sócios do Internacional em duas oportunidades, sendo que, na primeira permanecemos associados durante longos e sofridos nove anos (o conhecido período do Império Otomano do Internacional), e atualmente pertenço ao quadro social desde o ano de 2002 (abaixo):

1ª) Gestão Pedro Paulo Zachia (1988 – 1989) | José Asmuz (1990 – 1993) | Pedro Paulo Zachia (1994 – 1997);

2º) Gestão Fernando Carvalho (2002 – 2006) | Vitório Piffero (2007 – 2009).
Lembro-me que naquela época, as frustrações foram inúmeras, mesmo no ano (1989) em que fizemos um campeonato brasileiro impecável (ganhando inclusive o Gre-Nal do século), posteriormente viríamos a perder em casa o título nacional para o Bahia. No ano seguinte chegando as semifinais da Libertadores da América. O sofrimento da Nação Colorada era ainda maior, pois nas décadas de 80 e 90 o coirmão da azenha ganhava quase tudo que disputava… Não quero nem lembrar!

A partir da gestão Fernando Carvalho, as coisas começaram a mudar (mesmo que no primeiro ano dessa gestão o Internacional tenha escapado por pouco do rebaixamento). Houve inúmeros avanços, desde a profissionalização da maneira de conceber, planejar e administrar o futebol do clube, assim como outras ações muito bem sucedidas. Essa gestão é a mais vitoriosa da história do Internacional, não há quem duvide disso, porém, esses dirigentes não podem esquecer que o foco principal de um Clube de Futebol, é obviamente o FUTEBOL; precisam saber que, nada nem ninguém está e/ou estará acima da instituição Internacional; e ainda que não importa quem seja, ninguém jamais estará "acima do bem e do mal" dentro do clube, não importando inclusive quais títulos tenha ganho…


A VENDA DO NILMAR ERA ALGO INEVITÁVEL???
Pois bem, depois dessa breve introdução, quero manifestar minha total contrariedade e inconformidade com a venda do atleta Nilmar. Questiono ainda se a venda era realmente necessária? Tenho certeza que existiam outras alternativas para que o Nilmar pudesse permanecer pelo menos até o final desse ano (final do Brasileirão).

Sei que no final do próximo ano (2010), se o Internacional não vendesse o atacante, o mesmo poderia deixar o clube sem nenhum tipo de contrapartida (conforme a Lei do Passe); também sei que o passe do atleta não pertencia em sua totalidade ao Internacional (existem outros envolvidos no negócio), portanto, o Internacional sofre com pressões externas para a efetivação das negociações (é o preço que se paga no Brasil para que se consiga montar bons times).

Agora, afirmo pra quem quiser esgotar esse debate comigo: não há reposição no Brasil para um atleta desse nível, uma reposição que faça a torcida sequer lembrar que o Nilmar existe.

A diretoria do Inter "arrota" aos quatro ventos que, a receita do quadro social chegaria aos 40 milhões de reais. Antigamente o discurso era de que precisavam vender um grande jogador por ano, para que se mantivesse as contas e os investimentos em dia. Pergunto: Esse planejamento mudou?

Nos últimos anos, o Clube dos Treze, administrado pelo competentíssimo Fábio Koff, conseguiu aumentar os ganhos em relação ao repasse das televisões (estima-se que o Internacional receba algo em torno de 18 milhões da TV aberta, e outros 8 milhões dos canais pagos, totalizando 26 milhões somente com os repasses da TV).

Se depois desses elementos, ainda assim o Internacional precisar realizar a venda de um dos seus atuais atletas, esse definitivamente não poderia ter sido o Nilmar. No atual grupo de jogadores existem dois que são de difícil reposição, estou falando do próprio Nilmar e do Guiñazu.

O Internacional vive atualmente uma crise técnica, que atinge muitos dos bons jogadores do grupo (Índio, Kléber, Magrão, D'Alessandro, Taison), mas acredito que a crise não seja apenas técnica, mas também de ordem tática (daí iremos ao encontro do Sr. Adenor, o que definitivamente não irei tratar nesse post).

O Nilmar é o único jogador de exceção no grupo do Internacional, muitos insistem em atribuir essas mesmas qualificações de exceção ao D'Alessandro, que na minha modesta opinião é apenas um ótimo jogador.

Sem a presença do Nilmar no Internacional, eu acredito que a diretoria tenha decido pelo futuro do time no brasileirão, ou seja, pela desistência em disputar com reais condições o título nacional. Eu espero que Inter consiga pelo menos a classificação para a Libertadores, pois, do contrário, alguém precisará dar muitas explicações aos torcedores, que definitivamente não aceitarão mais um clube que no ano do seu centenário tenha ganho apenas e tão somente o campeonato regional.

1 comentários:

Gaby ;) disse...

eu gostei da parte do coirmão da azenha =D essa fase era bem boa, hein? pra mim, é claro.