Medeski, Martin & Wood

Posted by Anônimo On 12 de mar. de 2010 0 comentários

Conheci o trio de músicos nova-iorquinos (MMW) há uns dez anos (graças ao meu camarada Luciano Amorim). A cada novo disco produzido pelos caras, tenho a certeza que alguma coisa bacana e inovadora estará por vir (algo louvável na atualidade). Estou me referindo ao tecladista John Medeski, o baterista Billy Martin e o baixista Chris Wood, que formam o trio de acid jazz (também conhecido por club jazz), um gênero musical que combina elementos do soul music, funk e outras ramificações desses estilos.

Mas é engraçado como alguns artistas e/ou bandas são rapidamente encaixados em determinados nichos, estilos ou rótulos. Isso muitas vezes acontece sem o menor cuidado e/ou sem nenhuma análise mais criteriosa sobre o trabalho do artista. O interessante disso tudo, é que comumente essa generalização parte daqueles que mais "conhecem" ou deveriam conhecer o trabalho desses artistas (bandas), e com o Medeski, Martin & Wood isso também ocorre.

Desde o início dos anos 90 na estrada, Medeski, Martin & Wood (MMW) já lançaram uma discografia respeitável. Nesse post, estarei escrevendo somente sobre os três últimos álbuns lançados (Radiolarians I, II e III).

Medeski, Martin & Wood

Radiolarians I - Esse álbum é o primeiro de três. O "normal" de um trabalho/obra musical seria - compor, gravar, lançar e fazer a turnê. Mais não é isso que o trio preparou nesse disco. Agora eles resolveram fazer as músicas durante as próprias turnês, moldá-las ao longo do processo todo e somente depois gravá-las. O estilo é um jazz fusion, com muito improviso. A ideia do trio, foi a de lançar os três álbuns separadamente e no futuro um box.

Radiolarians II - No segundo volume da série, temos um álbum calcado no Jazz com forte influencia de Soul, muito groove e improvisação (pro meu gosto, excelente). A grande sacada dos nova-iorquinos é fazer música complexa e sofisticada, mas ao mesmo tempo acessível (difícil entender, precisa ouvir)... Após a audição, fica difícil passar incólume as faixas: “Riffin’ Ed”, “Amish Pinxtos” e “Padirecto”.

O álbum, no entanto, tem suas experimentações e solos de piano, mas nada que chegue a aborrecer quem não é músico ou não gosta muito do instrumento. A bateria é forte e marcante em muitas passagens, mas há também os momentos mais suaves e introspectivos (o que eu gosto muito) o que faz deste, um álbum bem variado, ainda que instrumental do começo ao fim.

Radiolarians III - No terceiro álbum da "trilogia", o trio continua a senda de alargar as fronteiras musicais. Este álbum é mais uma prova do mesmo. Mais uma vez MMW construíram um conceito que durante décadas soará atual, moderno e interessante. Esta trilogia foi toda feita (como eu já havia mencionado acima) ao contrário: primeiro tocaram ao vivo, improvisaram e compuseram na estrada, e só depois foram gravar. Este terceiro volume demorou três dias para ser gravado e o resultado é mais que visível - um "espírito" live. Absolutamente indispensável para quem aprecia boa música instrumental.

Escutem os discos indicados abaixo, assim como os outros álbuns da discografia e, a partir daí, façam as suas considerações.

Radiolarians I Radiolarians II Radiolarians III

Radiolarians I (2008)

Radiolarians II (2009)

Radiolarians III (2009)

Site Oficial: http://www.mmw.net

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