Délibáb, o novo CD de Vitor Ramil

Posted by Anônimo On 7 de mai. de 2010 0 comentários

A palavra húngara délibáb vem de déli (do sul) + báb (de bába: ilusão). Seu significado é miragem. Vitor tirou a expressão de seu romance Satolep, em que o personagem Selbor volta para sua cidade natal trazendo na bagagem a imagem de um délibáb.

O délibáb é um fenômeno extraordinário da planície húngara, tão semelhante às planícies do sul do nosso continente. Único em seu gênero, este tipo de espelhismo transporta paisagens muito distantes a horizontes quase desérticos, reproduzindo ante os olhos maravilhados do observador, em dias de calor, o desenvolvimento de cenas distantes.

délibáb (Vitor)

Um trem corre a toda velocidade, mas não se percebem ruídos da máquina, nem se escutam os apitos. Em realidade, tal cousa sucede porque o trem não está ali; talvez se encontre a mais de 100 km de distância. Mas o délibáb o atrai ao horizonte... (Sábato, Ernesto. Nosso Universo Maravilhoso. Rio de Janeiro: El Ateneo do Brasil, 1960)

O disco é a reunião de milongas compostas por Vitor para os poemas do livro "Para las Seis Cuerdas", do poeta argentino Jorge Luis Borges, e para os versos do alegretense João da Cunha Vargas. Borges e Vargas estariam completando 110 anos em 2009 e 2010, respectivamente. O disco é uma homenagem a esses poetas tão diferentes entre si, mas ao mesmo tempo tão representativos do imaginário do Rio Grande do Sul.

O disco foi gravado na cidade de Buenos Aires, durante o mês de junho de 2009, no estúdio do músico Fito Páez (Circo Beat). O disco ainda teve a brilhante participação do violonista argentino Carlos Moscardini. As sessões de gravação do disco, foram documentadas em vídeo pelo argentino César Custodio. No Rio de Janeiro, registrou-se, a participação de Caetano Veloso. Caetano dividiu com Vitor Ramil os vocais de Milonga De Los Morenos.

 

délibáb (CD)

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