Há muito não escrevia sobre futebol, mas depois da partida heróica de ontem, resolvi mudar de ideia...
O Internacional entrou em campo ontem, com a vantagem de ter vencido a equipe do Estudiantes, quando do primeiro confronto realizado no estádio Beira-Rio (pelo placar de 1X0). Neste primeiro confronto, o Internacional jogou relativamente bem, levando em consideração que a equipe do Estudiantes veio muito bem armada (retrancadíssima), e com o exclusivo propósito de levar pelo menos um empate para decidir tudo em solo argentino.
No jogo de ontem, quando da divulgação do terrível esquema tático "chama-derrota" do Internacional, ou seja, o famigerado 3-6-1, temi que a classificação já estava sendo perdida antes mesmo do jogo iniciar. O técnico Jorge Fossati, gosta de viver perigosamente, não havia a menor necessidade na mudança do esquema tático (visto que o 4-4-2 está se consolidando), tampouco optar pelo centroavante Alecsandro, em detrimento ao melhor atacante que a equipe possui hoje (Walter).
O que parecia ruim, conseguiu ficar ainda pior. O Estudiantes precisou de apenas dois minutos para fazer dois gols (o primeiro gol uma falha imperdoável da defesa do Internacional). Olhando para o desempenho do Internacional em campo, estava difícil acreditar na marcação de um golzinho sequer, quanto mais uma virada no placar. O técnico Fossati não esboçava qualquer indignação, estava inerte aos acontecimentos em campo.
Quando o Internacional retornou para o segundo tempo da partida, com exatamente a mesma equipe que havia terminado a primeira etapa, fiquei surpreso e ao mesmo tempo indignado (parecia uma brincadeira de mau gosto). Mas bastou a bola rolar, para que eu constatasse o primeiro, dos dois fatores que aconteceriam ao longo da segunda etapa, e de certa forma, contribuiriam diretamente para a classificação Colorada:
O primeiro foi o erro cometido pelo técnico Sabella, do Estudiantes. A equipe argentina abdicou do jogo no segundo tempo, além da substituição equivocada de González (atacante que havia jogado bem o primeiro tempo), por Angeleri, que acabou por modificar taticamente a sua equipe para o 5-4-1, onde já havia sido um problema no Beira-Rio;
O segundo fator, foram as substituições realizadas por Jorge Fossati, muito mais por necessidade do que por convicção. O lateral direito Nei (de fraca atuação) foi substituído por Walter (que entrou com uma boa movimentação); Sandro (que não esteve numa boa jornada), para a entrada de Edu (inexpressivo, mais uma vez); D'Alessandro por Giuliano (entrou bem, é um excelente jogador, e ainda foi dele o gol que classificou a equipe). Não posso deixar de citar Andrezinho, que esteve muito bem na segunda etapa, além é claro, do passe decisivo para o gol de Giuliano.
Acredito ser importante a parada que acontecerá em relação as competições durante a Copa do Mundo, principalmente para que o Internacional reveja muitas coisas, mas principalmente, qualifique a sua equipe... que as contratações não terminem em Tinga.
Por fim, quero registrar o motivo pelo qual passei um longo período sem escrever sobre futebol. O fato principal é simplesmente não ter tido o menor prazer em fazê-lo. Principalmente pelos inúmeros "desacertos" colorados em 2010: Diretoria do clube, técnico, postura de alguns atletas, etc.
Guiñazu e Sorondo comemoram sob o olhar desolado do zagueiro Desábato
0 comentários:
Postar um comentário