Estou escrevendo esse post com pelo menos seis meses de atraso, data em que assisti o emocionante documentário (cinebiografia) pela primeira vez.
Um dos maiores nomes do rock brasileiro, Arnaldo Baptista tem sua incrível trajetória revelada nessa produção do Canal Brasil. O documentário é embalado por músicas que marcaram época, depoimentos fortes e imagens raras da vida do compositor, cantor, baixista e pianista. A narrativa é ao mesmo tempo poética, dramática e divertida, costurada com delicadeza por entrevistas emocionantes do artista, enquanto o próprio pinta uma imensa e emblemática tela.
Loki mostra a trajetória de Arnaldo desde a infância, passando pela fase de sucesso como líder dos Mutantes, o seu casamento com a cantora Rita Lee, além da fase enfrentada quando de uma terrível depressão (tentando inclusive o suicídio). Muitas etapas da vida do músico são lembradas sob diferentes pontos de vista, através das palavras de personalidades que conviveram e admiram o compositor, tais como: Tom Zé, Lobão, Nelson Motta, Gilberto Gil, Sergio Dias, Dinho Leme, Zélia Duncan, Liminha e Rogério Duprat, além de sua mãe, a pianista clássica Clarisse Leite, e de sua segunda mulher, a atriz Martha Mellinger.
Há espaço também no documentário para os fãs internacionais de Arnaldo, como Kurt Cobain, Sean Lennon e Devendra Banhart – que afirma que os Mutantes são melhores que os Beatles – também prestam suas homenagens ao ídolo e reiteram a importância de Arnaldo Baptista na história da música, não só no Brasil, mas no mundo.
A trilha sonora é outro ponto muito bacana no documentário, pois apresenta vários clássicos dos Mutantes: "Qualquer Bobagem", "Ando Meio Desligado", "Balada do Louco", "Top Top", "Tecnicolor" e "Panis et Circenses", algumas delas em versões raras, além de músicas da primeira banda de Arnaldo Baptista, O’Seis; de sua carreira solo; e de outros projetos idealizados pelo compositor, como a peça de teatro Heliogábalo, da qual foi diretor musical, e as bandas Patrulha do Espaço e Unziotro.
O documentário ainda registra imagens recentes de Arnaldo em Juiz de Fora (MG), onde mora com a sua esposa, Lucinha Barbosa, mostrando o atual estado de espírito do artista, que ainda toca piano, teclado, bateria e baixo, mas hoje dedica a maior parte de seu tempo à pintura.
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