Três anos da América VERMELHA!!!

Posted by Anônimo On 16 de ago. de 2009 3 comentários


Começarei esse post com a seguinte afirmação: esse foi o jogo da minha vida!

O INÍCIO DA AMÉRICA VERMELHA!!!
A noite do dia dezesseis de agosto de 2006, certamente jamais será esquecida, até porque esse dia entrou para a história do nosso glorioso Sport Club Internacional. Naquela noite de agosto fazia frio (agosto costuma ser gelado em Porto Alegre), havia uma fina garoa caindo, as pessoas (Colorados) rumando ao Gigante (Beira-Rio) vindas dos mais diversos recantos da cidade, estado, país e até mesmo do exterior!

O Beira-Rio não demorou muito a lotar, independentemente do frio e da chuva, os Colorados estavam muito entusiasmados, toda essa euforia/entusiasmo, foi pelo simples fato do Internacional ter conseguido arrancar uma bela vitória, já no primeiro jogo da finalíssima da Taça Libertadores da América (em plena capital paulista, com o estádio do Morumbi completamente lotado, na semana anterior).

Eu cheguei ao estádio seguramente antes das 19h (o jogo estava marcado para às 21h50min, ou seja, aquele clássico horário de "boate" que só a TV Globo aprecia); em seguida encontrei os meus parceiros de jogo (Edmilson & Régis), e fomos procurar onde estava o final da fila da arquibancada superior (putz, nunca havia visto o Beira-Rio com tanta gente, isso que eu frequento o estádio desde os meus oito anos de idade). Após sei lá quantas horas de espera, entramos no Gigante (ainda conseguimos um lugar bacana na "chaminé", quem vai aos jogos sabe onde fica), daí pra frente foi só aguardar a entrada dos times em campo e esperar que a bola rolasse...


"PARA COMEÇAR A FESTA"...
Assim que o estádio percebeu a movimentação dos jogadores na estrutura de acrílico posicionada na saída dos vestiários, os torcedores promoveram um espetáculo de luzes e cores. Sinalizadores vermelhos espalhados pelo estádio foram acesos ao mesmo tempo, a fumaça diminuía a visibilidade, os pontos luminosos piscavam como se o estádio inteiro pulsasse no mesmo ritmo. A Banda da Brigada Militar posicionada, estruturas dos patrocinadores montadas, ansiedade na arquibancada (quase incontrolável)...

Às 21h51min, com passadas firmes, o capitão Fernandão puxou a fila da vitória, entrando em campo lado a lado com Rogério Ceni (o experiente goleiro tricolor).

Após todo o cerimonial, quase começando o jogo, o Presidente Fernando Carvalho deu um caloroso abraço em cada um dos atletas do Internacional (voto de confiança explícito), pois, estava diante do excelente time que havia montado, vivenciava o momento mais importante da história colorada até então!!!


BOLA ROLANDO...
Bola rolando para os últimos 90 minutos da competição. Antes dos cinco primeiros minutos, dois jogadores colorados já tinham recebido cartão amarelo: Fernandão e Jorge Wagner, enquanto isso, o São Paulo buscava o ataque (somente seria campeão se vencesse por dois gols de diferença). O goleiro Clemer fazia bonito, defendendo chutes de dentro e fora da área. O jogador Aloísio dava trabalho a Bolívar e Fabiano Eller. Depois de arrasar no primeiro jogo, Rafael Sobis sofria com dura marcação, enquanto Fernandão procurava abrir espaços, tentando jogadas de aproximação... Aos 26 minutos, a primeira grande chance: Jorge Wagner cobrou escanteio na primeira trave, Ceará desviou para o outro lado e Índio quase chegou a tempo de abrir o placar.

Três minutos mais tarde, falta na intermediária, lado direito de ataque colorado, Jorge Wagner levanta a bola na área (em direção ao gol), aparentemente fácil para a defesa de Rogério Ceni que tentou agarrar firme, mas a bola escapou, atento ao lance, Fabiano Eller se esticou para chegar antes da zaga e tocar para o lado, onde Fernandão buscou forças para impulsionar o corpo e chutar com o pé direito (GOL DO INTERNACIONAL).

O segundo tempo reservava ainda mais emoção. Logo aos cinco minutos, cruzamento da intermediária pelo lado direito de ataque tricolor, Lugano desviou de cabeça e Fabão, dentro da pequena área, pelo lado direito, bateu por baixo de Clemer para empatar. O resultado ainda servia ao Internacional.

Aos 13 minutos, Muricy jogou o São Paulo para cima do Inter, tirou dois homens de meio-campo e colocou outros dois com características bem ofensivas: Lenílson e Thiago (entram nos lugares de Danilo e Richarlyson). A sólida vantagem vermelha parecia ficar frágil diante dos ataques incessantes do São Paulo. Porém, o Internacional tinha Fernandão! Após um contra-ataque rápido, Ceará cruzou do lado direito com precisão absoluta, Fernandão livre dentro da área, perto da marca do pênalti, cabeceou com estilo, para baixo, Rogério Ceni fez um milagre, mas no rebote a bola sobrou para o camisa nove, que com calma, olhou para o meio da área e, com o pé esquerdo (de primeira) achou Tinga sozinho (GOL DO INTERNACIONAL).

Foi o gol da despedida de Tinga, que literalmente estava com a passagem marcada para a Alemanha (onde iria defender o Borussia Dortmund). Na hora da comemoração, o volante levantou a camisa, Elizondo obedecendo a regra (mostrando o segundo amarelo para quem levanta a camisa em comemorações), acabou por expulsar o Tinga. Quando Tinga foi expulso, restavam 25 minutos para o título...


PRA VENCER, TEM QUE SOFRER!
Como era matar ou morrer, Muricy tirou o zagueiro Edcarlos e colocou o quinto atacante em campo: Alex Dias. Tanta pressão resultou em drama quase insuportável (bah, eu já estava quase enfartando nessa hora). Aos 39 minutos, Júnior bateu cruzado do bico da grande área, lado esquerdo de ataque, a bola ganhou velocidade no gramado molhado, Clemer espalmou, e Lenílson que estava próximo ao lance empatou a partida.

Àqueles que estavam no estádio como eu, quase surtaram, pois, a pressão do São Paulo ficou ainda mais terrível. O Clemer fez mais duas difíceis defesas! O Fernandão já não era mais atacante... e o torcedor já não tinha mais ar (literalmente)! Aos 48 minutos, fim de jogo! INTERNACIONAL CAMPEÃO DA AMÉRICA


Milhares choravam (de dirigentes a torcedores comuns), não importando qual fosse a idade, sexo ou religião...
Um fardo muito grande e pesado tinha sido retirado das costas de uma torcida que nunca deixou de acreditar e de apoiar o seu INTERNACIONAL.

Ficamos no estádio, Eu, Edmilson, Régis e obviamente todo o restante dos Colorados (ninguém arredava o pé), e aos 24 minutos do dia 17 de agosto de 2006, o Capitão Fernandão subiu no ponto mais alto do palco montado para a festa, e Ergueu a Taça para que o mundo todo pudesse ver a força desse Clube, dessa Torcida e desse Time!
Era mais um sonho realizado... mais um objetivo alcançado...

Esse post é apenas para comemorar os três anos da nossa Libertadores da América, mas, ninguém esquecerá o que aconteceria em dezembro daquele mesmo ano, não é mesmo?

Saudações a Imensa, aguerrida e Vitoriosa Nação Colorada!

No Beira-Rio não há e jamais haverá "alma castelhana" (até porque estamos no Brasil, certo?)! No Beira-Rio há, e sempre haverá somente: ALMA COLORADA...
Time Campeão da América
 
 


Não gosto dessa versão da música (One), mas vale muito pelas imagens...

INFORMAÇÕES DO JOGO FINAL:
Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Árbitro: Horacio Elizondo (Argentina)
Auxiliares: Rodolfo Otero e Darío García (ambos da Argentina)
Cartões amarelos: Fernandão (I), Jorge Wagner (I), Aloísio (S), Tinga (I) (2), Bolívar (I), Alex (I), Edinho (I)
Cartão vermelho: Tinga (I)
Gols: Fernandão, aos 29min do primeiro tempo; Fabão, aos 6min, Tinga, aos 20min, Lenílson, aos 40min do segundo tempo

TIME DO INTERNACIONAL
Clemer; Índio, Fabiano Eller e Bolívar; Ceará, Edinho, Tinga, Alex (Michel, aos 33 do 2°) Jorge Wagner; Fernandão e Rafael Sobis (Ediglê, aos 36 do 2°)
Técnico: Abel Braga

TIME DO SÃO PAULO
Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos (Alex Dias); Souza, Mineiro, Richarlyson (Thiago), Danilo (Lenílson) e Júnior; Leandro e Aloísio
Técnico: Muricy Ramalho


A CAMPANHA COLORADA NA LIBERTADORES (2006):
14 Jogos
8 Vitórias
5 Empates
1 Derrota

OS GOLS:
24 Gols marcados
10 Gols sofridos

OS JOGOS (em casa):
7 Jogos
5 vitórias
2 Empates
Derrotas: -
16 Gols marcados
4 Gols sofridos

OS JOGOS (fora de casa):
7 Jogos
3 Vitórias
3 Empates
1 Derrota
8 Gols marcados
6 gols sofridos

GOLEADORES:
Fernandão: 5
Renteria: 4
Michel e Rafael Sobis: 3

Fonte: internacional.com.br

3 comentários:

Josi disse...

fiquei empolgada com a "narração" do jogo só não gostei muito da parte q fala da alma castelhada :(
bj

Unknown disse...

Texto palha!(hehehe)

SObre musica é mais legal!

Abraço

Anônimo disse...

Pelo menos os gremistas que estão lendo, participam comentando... os Colorados, nem isso!!!

Josi and Lobi = leitores de qualidade! Valeu...